A empresa fechou as duas lojas instaladas na cidade sem dar nenhuma explicação aos clientes. Segundo a delegacia regional da polícia civil do município, foram registrado mais de 300 boletins de ocorrência contra a Eletromais. A polícia estima que quase de duas mil pessoas foram vítimas do golpe.
A rede tinha um consórcio chamado de ‘compra premiada’, ou seja, vendia móveis, material de construção e motocicletas em diversas parcelas e assim que o cliente era contemplado ele estava com o prêmio quitado.
Segundo relato de alguns clientes, pessoas que foram contempladas não receberam seus prêmios. No início o gerente da empresa pediu aos contemplados um prazo de 60 dias para entregar os prêmios, mas aos poucos os prazos deixaram de ser cumpridos.
O fótografo Conrado Costa é uma das vítimas. “Fui contemplado em novembro de 2012, quando fui receber minha moto, ele me pediu um prazo de 45 dias e até hoje eu nunca foi chamado para ganhar o que tenho direito”, disse Conrado Costa.
A garantia de quitação do veículo assim que o cliente fosse sorteado atraiu muita gente no município e de outras cidades vizinhas. O empresário Irani Silva fez o consórcio de dois veículos e segundo ele o prejuízo é de R$ 17 mil.
“Eu paguei 31 prestações de uma Broz e 26 parcelas de uma motocicleta modelo CG. Durante este tempo não fui contemplado, mas me preocupo com o desaparecimento dos donos da empresa. Como fica a situação das pessoas que pagaram por um bem e não irão recebê-lo?”, questionou Irani Silva.
A facilidade também atraiu a empresária Auzeni Santos. Ela chegou a desconfiar dos benefícios, mas continuou o pagamento e investiu mais de R$ 6 mil. “Um dia me ligaram dizendo que vinham pegar o pagamento e disse que não pagaria mais as prestações porque um amigo me disse que estava demorando muito para receber o prêmio. A atendente argumentou dizendo que o atraso acontecia porque teria ocorrido uma mudança de gestão e o novo gerente assumiria todas as pendências. Eu acreditei e continuei pagando”, disse.
Socoro Moura pretendia receber a motocicleta neste mês como presente do Dia das Mães. “Fiz meu consórcio em 48 parcelas, já paguei 46 e as outras duas eu pagaria agora este mês para poder receber a moto como presente do Dia das Mães, porém ficarei sem este presente. Eu quero justiça ”, lamentou.
Em razão do movimento polícia legal, o delegado responsável pelo caso não gravou entrevista. Em nota ele informou que a polícia civil está investigando o caso. Segundo ele, estão sendo ouvidos os funcionários da loja e vítimas. Caso sejam comprovadas as denúncias os responsáveis pela loja responderão pelo crime de estelionato.
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