O Movimento Democrático, partido que surgiu da fusão do PPS com o PMN, pode ser presidido no Piauí pelo ex-senador Heráclito Fortes. Por suas ligações com o deputado Roberto Freire, presidente nacional do MD, Fortes iria para o novo partido levando com ele seus seguidores, entre eles o vice-prefeito de Teresina Roney Lustosa. Freire e Fortes já tiveram encontros em Brasília e São Paulo, mas devem marcar outras conversas.
Os dois têm fortes ligações com o ex-governador de São Paulo José Serra, do PSDB, que já se manifestou favorável ao projeto do governador de Pernambuco Eduardo Campos de se candidatar a presidente da República em 2014. Com isso, Campos teria mais um palanque no Piauí, além do palanque do PSB liderado pelo governador Wilson Martins. Ao MD se somaria o apoio do prefeito de Teresina Firmino Filho.
No meio dessas articulações pode está a mudança de intenção do ex-prefeito Sílvio Mendes, que estuda o convite do senador Ciro Nogueira para se filiar ao PP. Em vez do PP, Mendes pode ingressar no Movimento Democrático. Na última sexta-feira (19), Firmino deu declarações revelando que a saída do ex-prefeito do PSDB pode servir de base para uma estratégia eleitoral.
Essa estratégia seria o ingresso no MD para sair candidato a governador e oferecer uma alternativa a Eduardo Campos. Com o controle do partido na mão, Heráclito Fortes atrairia importantes políticos do estado, além de Sílvio Mendes, como o deputado e secretário de Segurança, Robert Rios Magalhães, o deputado Antonio Uchôa, além de Fernando Monteiro e Lisiê Coelho. Com esses egressos, o MD do Piauí nasceria no Piauí como um partido de tamanho médio e com condições de ter um bom desempenho eleitoral, principalmente pela perspectiva de lançar um candidato a governador.
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