Doentes esperando 17 horas por atendimento na fila, setor de radiologia funcionando com menos de 30% da capacidade, cheiro de sangue e urina por todo canto, tratamento desumano. O que poderia ser um filme de ficção, é realidade no Hospital de Urgência de Teresina (HUT). O flagrante do descaso foi dado neste domingo (24/02), por advogados que compõe a Comissão de Direito da Saúde, da OAB.
Logo na radiologia do HUT, os advogados constataram que a Lei 7.783 /89, que prevê a manutenção do percentual mínimo de 30% nos serviços médicos e hospitalares em caso de paralisação, está sendo desrespeitada. Só um técnico de radiologia atendia os doentes. ‘Significa que o serviço básico não está sendo oferecido. Isso prejudica muito a população, porque a maior parte dos pacientes vão para a ortopedia’, observa a advogada Rubenita Lessa.
A situação naturalmente já é de calamidade no HUT e se agrava mais ainda com a greve do pessoal da Saúde, que acusa o prefeito Firmino Filho de não atender reivindicações deles.
A visita dos advogados resultou em um relatório. A presidente da Comissão de Direito da Saúde, Cínthia Ayres, assegura que se reunirá com a diretoria da OAB para repassar o relatório da visita de fiscalização e avaliar as medidas cabíveis a serem tomadas.
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