Tramita sob sigilo, na 2ª Vara de Família de Brasília, um processo de reconhecimento de paternidade movido pela servidora pública federal, Silene do Socorro Nogueira Araújo, de 54 anos, nascida em Itapecuru Mirim, no Maranhão, contra o senador e ex-presidente da República, maranhense José Sarney.
A ação é assinada pelos advogados piauienses Herbert Maciel e Leonardo Augusto Raulino Pereira, que, inclusive, já teriam pedido o exame de DNA entre Sarney e Silene. Eles não falam sobre o caso.
Se confirmada a paternidade, a atual governadora do Maranhão, Roseana Sarney, o deputado federal Sarney Filho e o empresário e engenheiro Fernando Sarney, terão que dividir uma herança milionária com a mais nova integrante do clã sarney, dono de uma fortuna incalculável de norte a sul do Maranhão.
O processo de pedido de reconhecimento de paternidade contra o ex-presidente do Senado, já tramita há 10 meses.
VEJA ABAIXO TRECHOS DA PETIÇÃO INICIAL
O vistoso jovem de Pinheiro (MA), radicado em São Luís, aos 27 anos já titular da cadeira 22 da Academia Maranhense de Letras e promissor deputado federal pela UDN, além de advogado de escol, se engraça e se encanta com a linda morena que conhecera por essas viagens políticas.
Em outubro de 1958, haveria eleições para a Câmara dos Deputados, e ele tentaria obter o primeiro mandato próprio, não mais suplente como então.
Católico fervoroso, inteligente, culto, sagaz no trato político, habilidoso com as mulheres – o que, por certo, herdado do pai –, não foi difícil ao jovem deputado conquistar o coração de Izaura, quiçá ‘Saraminda’.
José Sarney passou a visitar com frequência, não apenas por interesses políticos-eleitorais, Itapecuru Mirim. Izaura, por vezes, em períodos de eleições, oportunidades para encontros, ia de avião a comícios em cidade próximas, muito embora fato incomum, mormente naquela época, a pessoas de poucas posses.
Hoje divorciada, Silene Nogueira Araujo tem duas filhas – uma de 33 outra de 34 anos –, e mora atualmente num bairro de classe média de Recife (Pernambuco).
LEIA ABAIXO PALAVRAS DE SILENE
‘Minha mãe, até sua morte, em 2003, aos 72 anos, guardou segredo sobre quem era meu pai. Ela nunca me falou nada. Mas eu cresci ouvindo as pessoas que conviviam com ela sempre mencionando seu relacionamento com o Sarney, que ele a levava nas campanhas políticas, até de avião. Também falam até hoje da minha semelhança física com Roseana [Sarney, filha do senador, atual governadora do Maranhão]. Minha infância e adolescência foram normais. Só achava estranho minha mãe nunca me falar nada sobre meu pai. Cresci sem essa referência da figura paterna, mas sempre fui tratada como uma princesa. Nunca me faltou nada, embora minha mãe fosse muito pobre. Tanto que aos 15 anos pude sair de Itapecuru para frequentar o Liceu Maranhense, em São Luís, onde terminei o Segundo Grau. Meu problema não é financeiro e sim para esclarecer a verdade. O senador Sarney está tentando obstaculizar o processo de todo jeito, usando de todo o seu poder para que ele não vá adiante’.
PALAVRA DE SARNEY
Alegando segredo de Justiça, o senador não aceita falar sobre o caso.
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