Dez dias depois de implementar o controle de frequência por impressão  digital dos servidores do Senado, o presidente da Casa, José Sarney  (PMDB-AP), dispensou um terço dos servidores do seu gabinete de  registrarem o ponto. Outros nove senadores também liberaram servidores  ontem. 
 A Casa gastou R$ 1,154 milhão para coletar as informações digitais dos  servidores e armazená-las em cartões personalizados na implantação do  ponto biométrico _em um "pacote moralizador" do Senado anunciado após a  crise que atingiu a instituição em 2009. Os funcionários ficam agora liberados de registrar o ponto no início e no fim da jornada de trabalho.
 Os novos 162 servidores se juntam aos 1.060 que já haviam sido  dispensados do controle por ocuparem chefias de gabinete, diretorias ou  estarem lotados nos Estados --no total, a Casa tem 6.027 servidores. 
 O novo sistema endurece o controle sobre a frequência já que cada um  deve registrar sua impressão digital e passar um cartão eletrônico para  ter suas horas de trabalho computadas. 
 A assessoria de Sarney afirmou que a dispensa dos servidores não tem  relação com a implantação do ponto, mesmo tendo ocorrido dias depois de a  medida começar a vigorar.
A Folha de São de Paulo verificou que, um dia antes de sua implantação, Sarney não tinha liberado nenhum servidor de registrar o ponto.
 O Senado justifica a liberação com o argumento de que alguns servidores  precisam de horário flexível para acompanhar a rotina dos senadores  --que às vezes terminam a jornada à noite, após votações em plenário. 
 Além de Sarney, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), dispensou todos os 27 servidores do registro de ponto. 
 Os senadores Francisco Dornelles (PP-RJ) e Humberto Costa (PE), líder do  PT na Casa, isentaram 12 funcionários cada um do controle --no total de  pouco mais de 20 servidores que trabalham em cada gabinete. 
 Também dispensaram parte de seus servidores os senadores Ivo Cassol  (PP-RO), Fernando Collor de Mello (PTB-AL), Clésio Andrade (PR-MG), Ciro  Nogueira (PP-PI), Benedito de Lira (PP-AL) e o segundo-secretário João  Ribeiro (PR-TO). 
 
 
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