A Justiça de Mato Grosso do Sul determinou a quebra do sigilo bancário  das contas da Assembleia do Estado. 
 A abertura dos dados foi pedida por um militar aposentado para averiguar  supostos desvios na Casa, revelados a partir de gravações feitas pela  Polícia Federal na Operação Uragano, desencadeada no ano passado. 
 Em um dos vídeos, o ex-deputado Ary Rigo (PMDB) fala sobre repasses a  deputados. "Lá na Assembleia, nenhum deputado ganhava mais de 120 mil,  agora os deputados vão ter que se contentar com 42", falava. 
 Em fevereiro, o aposentado José Magalhães Filho protocolou a ação "em  razão dos indícios de corrupção divulgados pela mídia". 
 O juiz Amaury da Silva Kuklinski, de Campo Grande, reconheceu a  legitimidade. "Causa espanto, que após toda a celeuma das vésperas da  eleição passada, em 2010, tenha efetivamente demorado tanto a cobrança  das declarações ali divulgadas e proclamadas pelo Brasil", disse. 
 No despacho, datado de 15 de abril, o juiz afirma que a medida pode  "restabelecer a confiança pública nos seus órgãos diretores e nos seus  representantes". 
 A quebra será feita a partir de maio de 2008 até dezembro de 2010. Um  ofício será enviado ao Banco Central pedindo que informe as contas  existentes em nome da Assembleia, com objetivo de acompanhar o fluxo  monetário após o recebimento do duodécimo (repasse do Estado destinado  ao custeio). 
 Por meio de sua assessoria, o presidente da Assembleia, Jerson Domingos  (PMDB), informou que ainda não foi informado da decisão e que aguarda  notificação para manifestação. 
 Em 2010, Rigo disse que o repasse a que se referiu no vídeo tratava-se  de verba destinada aos gabinetes, somando salário dos deputados (R$ 12  mil), verba indenizatória e salário dos funcionários. 
 
 
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