Apenas 12,87% dos piauienses têm acesso à internet, um dos índices mais baixos do Brasil. O Piauí também é o Estado brasileiro com maior número de municípios sem internet, que são oito - Antônio Almeida, Caxingó, Pavussu, Coronel José Dias, Currais, Paquetá, Aroeiras do Itaim e São Lourenço do Piauí O Piauí é o segundo Estado com menor conexão com a internet, só ganha do Maranhão, ontem 10,98% da população está conectada com a internet.
Os dados foram divulgados na quarta-feira pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), que elaborou o Mapa da Inclusão Digital, em parceria com a operadora Vivo.
Segundo a pesquisa, o Brasil ainda está longe de países do norte europeu e da Ásia, que lideram a lista de inclusão digital. Mas o acesso à internet está em crescimento no país. Enquanto a Suécia lidera a lista com 97% da população tendo acesso à rede em casa, a taxa brasileira é de 33% - ocupa a 63ª posição entre 154 países no mundo.
"É bom estudar o Brasil porque somos uma fotografia da exclusão e inclusão social do mundo. Temos um país diversificado e desigual. E nossa taxa de acesso à internet é idêntica à do planeta", diz o professor Marcelo Cortes Neri, professor do Centro de Políticas Sociais da FGV e coordenador do projeto.
Há seis anos, apenas 8% dos brasileiros tinha internet em suas residências segundo a Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios - houve um crescimento de 154%. "Se a gente quiser entender o boom da internet no país, temos que entender que foram 33 milhões de pessoas que migraram para a classe C (renda familiar de R$ 1800 até R$ 7450) desde 2006", afirma Cortes Neri. "As pessoas estão migrando de classe e está aumentando a taxa de uso do serviço dentro das classes." Enquanto na classe AB o acesso é de 75,82%, na classe C é de 33,9% e nas classes inferiores cai para níveis inferiores a 10%.
São Caetano, na região metropolitana de São Paulo, apresenta o maior índice de acesso à internet do País. No município, 74% da população tem computador com internet em casa. A capital com maior acesso à rede também está no sudeste do Brasil: é Vitória, no Espírito Santo, com 68,41%, em segundo lugar na lista. A outra é Florianópolis, em quarto (67,67%). Curiosamente, as duas são as capitais com maior cobertura de banda larga - 80,55% na capital capixaba e 76,99% na catarinense.
As regiões sudeste e sul puxam a taxa do país para cima - 19 das 20 cidades com maior acesso à internet do país estão ali. Já as regiões norte e nordeste afundam a média brasileira. Dos 18 municípios sem acesso doméstico do Brasil, oito estão no Piauí, seis no Maranhão, três no Pará e um no Amapá.
Os estados do Brasil com melhor acesso domiciliar são Distrito Federal (58,69%), São Paulo (48,22%), Rio de Janeiro (43,91%), Santa Catarina (41,66%) e Paraná (38,71%). Já os de pior taxa são Maranhão (10,98%), Piauí (12,87%), Pará (13,75%), Ceará (16,25%) e Tocantins(17,21%).
O estudo também avaliou o uso da internet no país, já que ter computador conectado em casa não é necessariamente garantia de utilização. Neste caso, 35,2% dos brasileiros afirmam que utilizaram a rede nos últimos três meses. Neste caso, Florianópolis e Curitiba são as que mais acessam a internet - 61,65% e 59,98% respectivamente -, mas a grande surpresa é Palmas, em terceiro lugar na lista com 59,70% de acesso. Apenas 17,21% da população do Tocantins tem computador e internet em casa.
O Brasil ocupa a 63ª posição em um ranking mundial de conectividade à internet do qual fazem parte 158 países, segundo o estudo divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) no Rio de Janeiro.
Com essa porcentagem, o país fica dentro da média mundial de conectividade, que é de 33,49%. "O Brasil é a fotografia da exclusão e inclusão do mundo", analisa o economista Marcelo Neri, coordenador do estudo do Centro de Políticas Sociais da FGV. O estudo também apresentou dados referentes à conectividade nos domicílios em cada estado do Brasil.
A Suécia aparece em primeiro lugar, com 97% dos lares conectados, seguida pela Islândia (94%), Dinamarca (92%), Holanda (91%) e Singapura 89%. Os EUA ficam na 17ª posição, com 85%. No fim da lista aparecem Miamar, Madagascar, Guiné, República Centro Africana e Burkina Faso, com conectividade nula. Na faixa de 1% estão Maláui e República Democrática do Congo. Já Cuba aparece na 131ª posição, com conectividade 2%.
Comparando ao bloco dos emergentes, os Brics, o Brasil supera a África do Sul, que está no 108º lugar, e Índia, na 128ª posição. Contudo, o Brasil fica atrás da Rússia, na 46ª posição. Não há informações sobre a China.
O município de São Caetano, em São Paulo, apresenta o maior índice do país de acesso à internet em casa, com 69% de conectividade, similar aos padrões de países como República Tcheca. O município de Aroeiras, no Piauí, vai na contramão: o acesso de domicílios à rede é zero, comparado à realidade de países como Burkina Faso e Miamar, que são os últimos países no ranking.
Fonte: Blog Enfrem Ribeiro
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