santuariosantacruz também chamada pelo povo de “Olho d’Água dos Milagres, hoje é uma pequena cidade da grande região Valenciana. Esta situada a 180 quilômetros de Teresina e a 100 quilômetros de Valença do Piauí, a cujo termo pertenceu inicialmente com o nome de Fazenda Jatobá. Fez parte depois do município de Aroazes, a 56 quilômetros, até 1 de janeiro de 1993, quando com a posse do seu primeiro prefeito eleito, adquiriu sua plena emancipação política.
 A cidade esta situada à margem esquerda do Rio São  Nicolau, de águas permanentes em região seca, de terreno acidentado, com  pequena percentagem de terras para a agricultura, e o restante muito  adaptado para a criação de gado e miunças. Contar como começou este  movimento religioso aqui em Santa Cruz dos Milagres é perder-se nos idos  do século passado, procurando nas “histórias” do povo um sinal  indicativo do que aconteceu no principio. 
 É portanto “lendária” a sua origem, o que não quer  dizer que não tenha um fundo histórico, porque a “lenda” realmente é a  maneira como o povo simples faz memória e celebrar os acontecimentos que  marcam sua vida. É uma história sem registro, sem datas, inculta e  analfabeta, e sem autoridade em que apoiar-se. É contada de maneira  simbólica e fantástica, podendo adquirir tonalidades cambiantes e  versões diversas, mas sempre apontando para um núcleo irredutível, com  sentido de vida e de morte, de tempo e de eternidade, para o individuo e  para a coletividade. 
 É assim lendária a origem deste santuário, com a  devoção especifica a “Madrinha Santa Cruz”. Só temos a certeza de que  nos fim do século passado já oAcupava lugar importante no coração do  povo, marcando o seu calendário, quando se acertavam todos os  compromissos para “antes” ou “depois” da festa da Santa Cruz. Toda sua  mensagem foi fixada sob a forma de uma história que se conta,  simplificação igênua, mas tão a gosto do nosso povo. 
 Em data imprecisa do século passado havia nesta  região, então município de Valença do Piauí, uma fazenda, no lugar  chamado “Jatobá”. Um dia ali chegou um “profeta”, um destes “beatos” que  naquele tempo andavam de lugar em lugar, falando de penitência e outras  devoções particulares, impressionando a mente do povo simples de então.  Levou o vaqueiro da fazenda ao alto de um morro próximo, e ali,  entregando a ele um cavador de madeira, mandou que abrisse um buraco na  pedra bruta, que cobre quase todo o monte. Ele mesmo foi ao mato próximo  trazendo logo depois uma cruz de madeira. O vaqueiro não havia cavado  nada, naturalmente. O velho, beato, abaixou-se, traçou com o dedo um  circulo na pedra, e com a mão toda, sacou um extrato da mesma, ficando  aberto o buraco um tanto profundo e circular, como se pode ver ainda  hoje ao lado da Igreja. Ali fincou a cruz e disse ao vaqueiro que, por  aquele sinal, um dia aconteceriam maravilhas. Em seguida desceu o morro e  já próximo ao rio São Nicolau, mostrou-lhe uma nascente de Água (Olho  D’água) que o vaqueiro não conhecia, apesar de tantos anos campeando  naquela região. Também falou que, por aquelas águas, até milagres ali  haveria de acontecer. 
 Contam que o velho depois seguiu viagem, ou que teria  simplesmente desaparecido. 
O vaqueiro voltou  aos seus trabalhos, esquecendo o incidente. Tempos depois adoece uma  filinha sua. Piorando cada vez mais, apesar das “meizinhas”, rezas e  promessas. Lembrou-se o vaqueiro da cruz que ficara lá no morro. Levou a  criança até lá, rezou com ela e depois, no olho d’água, deu-lhe um  banho e a fez beber daquelas águaAs límpidas. Voltou para casa com a  filinha...completamente curada. 
 Da admiração e gratidão que o fato provocou, e de  muitos outros "acontecidos", surgiu uma devoção que já se espalha por  quase todo o País, acrescida cada dia por mais histórias, mais lendas e  mais casos, cada dia representando uma esperança a mais para este povo  tão sofrido. 
 Aqui não  pretendemos provar nada, nem mesmo referir-nos ao que de positivo já se  escreveu sobre tudo isto. Apenas lembrar que nada, senão um sinal da  providência pode explicar a irresistível atração que leva milhares e  milhares de pessoas a Santa Cruz todos os anos, apenas para rezar junto a  uma cruz de madeira.
Aqui não  pretendemos provar nada, nem mesmo referir-nos ao que de positivo já se  escreveu sobre tudo isto. Apenas lembrar que nada, senão um sinal da  providência pode explicar a irresistível atração que leva milhares e  milhares de pessoas a Santa Cruz todos os anos, apenas para rezar junto a  uma cruz de madeira.
 
 
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