terça-feira, julho 12, 2011

A cada hora, um veículo é roubado ou furtado no Distrito Federal

Diariamente, a história se repete no Distrito Federal. O motorista deixa o veículo em um estacionamento público e, ao retornar, se depara com a vaga vazia. Nos casos mais graves, é surpreendido por bandidos que, mediante violência, levam o carro. Na capital do país, pelo menos 23 automóveis, motos, ônibus e caminhões são roubados ou furtados todos os dias, média de quase um caso a cada hora. Somente no primeiro semestre do ano, 4.143 proprietários se viram alvo de criminosos especializados nesse tipo de crime, número inferior ao registrado no mesmo período de 2010, que foi de 5.115, configurando uma redução de 19%. No entanto, quando a comparação é apenas entre os dois primeiros trimestres de 2011, nota-se um aumento de 9%, segundo dados da Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos (DRFV) (veja arte ao lado).

Mesmo com a queda nos números nos seis primeiros meses, a população continua insegura. Quem trabalha ou precisa resolver problemas na área central de Brasília deve redobrar a atenção. Regiões como o Setor Comercial Sul, o Setor Bancário Norte, o Setor de Autarquias e o Setor de Diversões Sul (Conic) são as preferidas dos ladrões que furtam. Já Taguatinga é a campeã em ocorrências de roubo. As áreas residenciais da cidade aparecem como as mais visadas pelas quadrilhas, principalmente entre as 18h e as 23h, horário em que a maioria dos trabalhadores e estudantes retorna para casa.

Chama a atenção que abril, maio e junho de 2010 e de 2011 revelam números superiores a janeiro, fevereiro e março. No primeiro trimestre deste ano, por exemplo, as delegacias brasilienses receberam 1.982 queixas, contra 2.161 nos meses seguintes. O titular da DRFV, Moisés Martins, explica que o incremento de casos nesta época do ano é normal. De acordo com ele, o início de cada ano sempre é marcado pela menor quantidade de ocorrências, pois muitos moradores estão em férias. “É sazonal. Nesse período, os estacionamentos estão mais vazios porque tem muita gente fora da cidade. É natural que haja uma redução”, explicou o delegado.

Mesmo assim, os dados reforçam a exposição do brasiliense à criminalidade. Quanto aos roubos, por exemplo, em que há a ameaça de um bandido armado, ocorreram sete casos diários no primeiro semestre do ano, uma média de um a cada três horas e meia. Houve ainda 16 furtos por dia, média de uma ocorrência a cada uma hora e meia.

Recuperados
A boa notícia é que quase 70% dos carros furtados ou roubados são recuperados pela polícia, o que coloca o DF como a unidade da Federação que mais consegue solucionar esse tipo de crime no país. O estudante de artes plásticas David Almeida Rodrigues, 21 anos, no entanto, não faz parte da maioria que tem a sorte de reaver o bem levado por bandidos. Em 26 de janeiro, ele levou um susto ao chegar ao estacionamento da Biblioteca da Universidade de Brasília (UnB), no fim da Asa Norte, e não encontrar o Uno na vaga.

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