—Eu fiquei muito constrangida com a colocação dela porque ela sugeriu
que eu estivesse realizando uma fantasia sexual e que estava arrependida
e, por isso, teria procurado a polícia. Ela disse que se eu estivesse
mentindo, de vítima eu me tornaria culpada.
A vítima prestou queixa contra a delegada na Corregedoria Interna da
Polícia Civil que instaurou um procedimento para apurar a denúncia
contra a delegada.
De acordo com a vítima, antes de ser estuprada, ela foi abordada por um
barraqueiro, que teria lhe oferecido uma caipirinha. Após tomar a
bebida, a mulher de 37 anos diz ter ficado tonta e perdido a
consciência.
Quando voltou a si, ela percebeu que estava embaixo de um viaduto em
São Conrado e dentro de um caminhão cercada por cinco ou seis homens
nus. De acordo com ela, do lado de fora tinha mais quatro homens, também
nus, e todos abusaram dela de alguma forma. A vítima conseguiu
convencer os homens a liberar ela, mas quando desceu do veículo, foi
obrigada a fazer sexo com mais um homem.
A vítima diz que foi ameaçada pelos estupradores. Os criminosos
disseram que, se ela contasse para alguém, sofreria graves
consequências. Ela registrou queixa na delegacia do Leblon (14ª DP) e
foi submetida a exame de corpo de delito que confirmou o estupro.
Segundo a polícia, três homens foram levados para a delegacia e
prestaram depoimento. De acordo com eles, o ato teria sido consensual e a
vítima estaria bêbada.
A mulher passou por um exame toxicológico para identificar se havia ou
não alguma substância na caipirinha, mas o resultado ainda não foi
divulgado. Ela também disse que pretende abrir um processo contra a
empresa que presta serviços para a linha 4 do metrô. Segundo ela, todos
os suspeitos são funcionários e trabalham no local, inclusive o
barraqueiro, que durante o dia trabalharia na praia, entre os postos 12 e
13, e de noite na obra do metrô.
Em nota, o CCRB (Consórcio Construtor Rio Barra) diz que dá total apoio
às investigações feitas pela Polícia Civil e que fornecerá todas as
informações necessárias à investigação. Se for comprovada a participação
de funcionários ou colaboradores do CCRB no crime, eles serão afastados
da obra imediatamente.
A mulher diz que está fazendo terapia de grupo e tratamento psicológico para superar o trauma e voltar ao convívio social.
— Tem dias que eu choro muito. Eu sinto muita dor na alma.
Fonte: TV Record
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