quinta-feira, dezembro 05, 2013

Aos 95 anos, morre Nelson Mandela

Através de um comunicado feito pela televisão, o presidente da África do Sul, Jacob Zuma, informou nesta quinta(5) a morte do ex-presidente Nelson Mandela, aos 95 anos. Ele sofria de problemas respiratórios e recebia cuidados médicos em casa."Esta nação perdeu um grande filho", disse Zuma, segundo a agência de notícias argentina, Telam. 

Prisão e liberdade

Mandela foi o maior responsável pelo fim do regime de segregação racial na África do Sul, o apartheid. Pelo seu ativismo socia, ele foi preso em 1963 e condenado a prisão perpetúa pelo então regime político que governava o país.
Cumpriu 27 anos da pena, sendo libertado em 1990, aos 72 anos de idade. Uma multidão aguardava Nelson Mandela do lado de fora do presídio. Ele era conhecido pelo seu povo como Madiba, título que significa reconciliador.

Prêmio Nobel da Paz

Em 1993, Nelson Mandela recebeu o prêmio Nobel da Paz por sua luta contra o regime do apartheid. Na ocasião, ele dividiu o prêmio com Frederik de Klerk, ex-presidente da África do Sul que iniciou o término do regime segregacionista e o libertou da prisão.

Carreira política e humanística

Nelson Mandela se consolidou como o maior líder da África nos últimos anos, um símbolo da paz. Um ano após receber o Nobel da Maz, em 1994, Mandela foi eleito presidente da África do Sul, cargo que exerceu por cinco anos.
Foi sob o seu comando que o arcebispo Desmond Tutu instalou a Comissão de Verdade e Reconciliação, que teve como objetivo apurar crimes cometidos durante o apartheid. Sob o governo de Mandela,  foram abertos processos judiciais para pagamentos de indenizações às vítimas do regime.
Em 1999, Mandela deixou a presidência do seu país, mas continuou o ativismo social que foi a marca de sua vida, dedicando-se a luta contra a AIDS através de campanhas no continente africano, emprestando seu prestígio para arrecadar fundos destinados ao combate da doença.
Quatorze anos após ser libertado da prisão, e dez anos depois de ter sido eleito presidente, Nelson Mandela anunciu a sua retirada da vida pública em 2004. Aos 85 anos, o líder sulafricano se dedicaria à família e aos amigos. Sua saúde se tornava cada vez mais frágil.

Copa de 2010

Mandela perdeu sua neta Zenani Mandela, em um acidente de carro logo depois da festa de abertura da Copa do Mundo de 2010 que naquele ano acontecia na África do Sul. De cadeiras de roda, ele participou apenas do evento de encerramento.
História de Mandela e da África do Sul
Nelson Rolihlahla Mandela (Mvezo, 18 de julho de 1918) foi um advogado, ex-líder rebelde e ex-presidente da África do Sul de 1994 a 1999. Principal representante do movimento antiapartheid, como ativista e transformador da história africana. Considerado pela maioria das pessoas um guerreiro em luta pela liberdade, era considerado pelo governo sul-africano um terrorista.
Sua vida foi brilhantemente retratada nos filmes “Invictus” (2009) e "Goodbye Bafana" (2007), mostrando sua conversão em ativista com métodos pacíficos, vindo a receber o Prêmio Nobel da Paz em 1993. Passou a infância na região de Thembu, antes de seguir carreira em Direito. Em 1990 foi-lhe atribuído o Prêmio Lênin da Paz, que foi recebido em 2002. Na África do Sul também é conhecido como 'Madiba', um título honorário adotado por membros do clã de Mandela.
Madiba significa 'reconciliador

O apartheid (Pronúncia em africâner: [??p?rt??it], separação) foi um regime de segregação racial adotado de 1948 a1994 (46 anos) pelos sucessivos governos do Partido Nacional na África do Sul, no qual os direitos da grande maioria dos habitantes foram cerceados pelo governo formado pela minoria branca.
A segregação racial na África do Sul teve início ainda no período colonial, mas o apartheid foi introduzido como política oficial após as eleições gerais de 1948. A nova legislação dividia os habitantes em grupos raciais ("negros", "brancos", "de cor", e "indianos")[1], segregando as áreas residenciais, muitas vezes através de remoções forçadas. A partir de 1958, os negros foram privados de sua cidadania, tornando-se legalmente cidadãos de uma das dez pátrias tribais autônomas chamadas de bantusões, quatro das quais se tornariam estados independentes de fato. À essa altura, o governo já havia segregado a saúde, a educação e outros serviços públicos, fornecendo aos negros serviços inferiores aos dos brancos.[2]
O apartheid trouxe violência e um significativo movimento de resistência interna, bem como um longo embargo comercialcontra a África do Sul.[3] Uma série de revoltas populares e protestos causaram o banimento da oposição e a detenção de líderes anti-apartheid. Conforme a desordem se espalhava e se tornava mais violenta, as organizações estatais respondiam com o aumento da repressão e da violência.
Reformas no regime durante a década de 1980 não conseguiram conter a crescente oposição, e em 1990 (21 anos) o presidente Frederik Willem de Klerk iniciou negociações para acabar com o apartheid, o que culminou com a realização de eleições multirraciais e democráticas em 1994 (17 anos), que foram vencidas pelo Congresso Nacional Africano, sob a liderança de Nelson Mandela. Entretanto, os vestígios do apartheid ainda fazem parte da política e da sociedade sul-africana.
 

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