O deputado federal Júlio César Lima (PSD) afirmou que é preciso mudar a metodologia para atender as famílias flageladas pela seca. O deputado frisou que o atendimento emergência só é por cinco meses. “O trabalhador tem o resto dos doze meses para comer. Se ele não plantou, vai passar fome o resto do ano e não tem ajuda nenhum, porque não tem previsão para isso.”, reclamou o parlamentar, dizendo que a burocracia atrapalha e encarece o atendimento.
Segundo Júlio César, quando houve situação de emergência em Santa Catarina foram pagos um salário mínimo por oito meses. Aqui, no Piauí, são R$ 80,00 por cinco meses e ainda tem problemas, porque não é suficiente para todos os trabalhadores que estão nesta situação, comentou.
Ele lembrou que existem mais de mil municípios em estado de emergência em decorrência da seca no Nordeste. Segundo Júlio César, existe muita burocracia e isso compromete o atendimento. “O milho que está nos armazéns da Conab passa por muita burocracia para chegar ao trabalhador. Quando chega na mão do destinatário final já está no preço de mercado, ou seja, a burocracia encarece o preço dos produtos.”, criticou, advertindo que precisa haver mais celeridade e menos burocracia para o atendimento emergencial.
“O trabalhador não tem barriga apenas por cinco meses. Não podemos nos contentar com o que foi anunciado. A necessidade no Nordeste é maior que no resto do país. O Nordeste tem 45% da renda per capita do Brasil. O Piauí tem 33% da renda per capita do Nordeste. Então precisamos de muito mais.”, argumentou o deputado.
Júlio César defende que o Ministério da Fazenda reveja os cálculos para fazer o atendimento emergencial no Piauí e no Nordeste. “Eles tem que mudar a metodologia. O que estão encaminhando não é o suficiente e é apenas por cinco meses e não tem previsão de mais nada. Teríamos que ter mais recursos e por mais meses.”, adiantou.
O deputado ainda comentou que está sendo liberado apenas o seguro safra e é preciso de mais auxilio seca, batizado de bolsa estiagem. “A situação está calamitosa e não podemos permitir que os trabalhadores passem fome.”, finalizou.
Fonte:180graus
Nenhum comentário:
Postar um comentário
o seu comentário é muito importante para o engrandecimento deste blog