Mão Santa quer mulher de Firmino Filho como vice-governador (a)

Como a fênix, o ex-governador Francisco de Assis de Moraes Souza, o Mão Santa, ressurgiu do ocaso em que mergulhou após perder as eleições ao Senado. E voltou em grande estilo à cena política nesta sexta-feira (14), quando concedeu entrevistas às TVs para anunciar sua candidatura ao Governo do Estado em 5 de outubro próximo e soltar o verbo contras os adversários, "viciados" em dinheiro público.

“Quero ser uma alternativa de oposição. Sou contra o momento que vivemos. A gestão pública é vergonhosa. Os deputados estaduais, os federais e os três senadores do Estados só tem um pensamento. Os parlamentares em Brasília são todos do lado da poderosa Dilma. Aqui no Piauí, o povo não tem representação", avisou..

Bem ao seu estilo, Mão Santa disparou para todos os lados. "Aqui tem muitos viciados em cofres do governo. Esse vício é pior do que em maconha. Isso tem que mudar. Para isso, ele [Zé Filho] tem direito legítimo de assumir e ser candidato. Ele estava crente desse direito. Ele representada a saída dessa mesmice. Se nada mudar, vão apenas retaliar a administração pública para dividir entre os aliados”, detonou o ex-governador, durante entrevista à TV Cidade Verde.

Além de fazer a sua propaganda, Mão Santa puxou a brasa para a sardinha de Zé Filho, ao comentar a intenção do sobrinho, vice-governador Antonio José de Moraes Souza, de ser o próximo governador do Piauí. Desejo que ficou só na vontade.

“Quero ele governador representando a esperança do povo. Eu sonho com meu sobrinho exercendo autoridade, fazendo o melhor. Ele não deve ser continuidade do governo Wilson Martins. Ele deve ser a continuidade do trabalho do pai dele: desenvolvendo a indústria, o mercado".

Questionado sobre quem seria o seu candidato a vice, Mão Santa surpreendeu ao propor o nome de Dona Luci, esposa do prefeito de Teresina, Firmino Filho.

“Ela é uma mulher que faz política pelo marido. No meu entendimento, o maior nome do PSDB hoje no Piauí é o prefeito Firmino Filho. Ele é quem deve levantar a bandeira da oposição. Em um passado próximo, a oposição conseguiu 40% dos votos do Estado. Não pode parar agora", sugeriu.

Sem rodeios, Mão Santa avaliou o atual governo. "Hoje, a segurança é uma barbárie e nota zero. A saúde para ricos e poderosos é 10, para pobre é 0. A educação também não é lá essas coisas. Agora, espero apoio de todos os que esperam uma vida melhor. Para a candidatura, virei com mais experiência e mais humilde. Quero incentivar a produção de biodiesel no Piauí através da soja”, avisou o candidato.

Pode até ser que o ex-governador esteja apenas tentando ocupar a mídia para alicerçar sua ida para a Câmara dos Deputados, representando o G12, junção de várias siglas até ontem chamadas de "nanicos".  Mas quem conhece Mão Santa sbe que ele não entra numa disputa para perder. Que o diga Átila Lira, em 1994.