Segundo Ana Kely Carvalho dos Santos, a mudança do nome foi um passo mais importante que a própria cirurgia, que está prevista para acontecer no final de 2013, quando termina o tratamento psicológico. “Não estou dando muita importância para a cirurgia. Eu já estou 95% completa. Não fiz a mudança de sexo, mas já consegui o que era o mais importante”, relata Ana Kely.A transexual, que é microempreendedora, afirma já ter passado por vários constrangimentos na rua e no trabalho pelo fato de ter registrado o nome de homem e ter aparência de mulher. “O nome sempre me causou mais constrangimento porque se passar por uma mulher não é fácil”, conta Ana Kely.
Ana Kely, como é chamada por amigos e familiares desde os 15 anos, conta que notou modificações em seu comportamento quando tinha apenas oito anos: “Comecei a notar que meu comportamento era diferente. Eu notei que gostava e sentia desejo por pessoas do mesmo sexo que eu, mas não entendia. Eu pensava: ‘Mas eu gosto de meninos?’. Era estranho porque o certo, segundo a sociedade de um modo geral acredita, seria gostar de meninas”.
Família
Ana Kely tem mais duas irmãs e um irmão. Ela conta que em casa nunca enfrentou problemas por causa de sua condição sexual: “Em casa foi tranquilo, não teve choque, não foi preciso reuniões. Eu sempre fui mais delicada, mais reservada e não gostava de roupas masculinas. Então, tudo aconteceu naturalmente, sem muito exagero”.
Segundo o advogado do transexual, José Barreto Neto, a conquista de sua cliente abre portas para que pessoas na mesma situação consigam mudar de nome: “Ela sofria muito preconceito, sempre sofreu. O nome na identidade já foi mudado e o sexo também será alterado no documento assim que ela passar pela cirurgia”.
Até este sábado (14), Ana Kely ainda não havia dado entrada para os novos documentos, mas afirmou que já está se preparando para realizar o procedimento.
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