Recebido por cablocos de lança e ao som de Asa Branca, de Luiz Gonzaga, o  governador Eduardo Campos (PSB) tomou posse pela segunda vez, neste  sábado, no plenário da Assembleia Legislativa. Levou consigo o peso de  3,4 milhões de votos e a promessa de ´consolidar o ciclo de  desenvolvimento jamais visto em Pernambuco`. Eram pouco mais de 10h  quando ele, diante de um plenário lotado, rubricou o documento que deu  início, oficialmente, ao seu segundo mandato. Nas palavras, um tom de  desafio a si mesmo e aos que integrarão seu novo governo. ´A vitória é  desafiadora e nos confere um modelo de gestão inovador que prestigia o  estado do fazer, aproximando-o dos que mais precisam`, discursou.
A  cerimônia de posse ocorreu de forma rápida e com simplicidade. Não  houve a mesma comoção de 2006, quando o socialista recebeu o governo das  mãos de Mendonça Filho (DEM) e foi recepcionado por uma multidão em  frente ao Palácio do Campo das Princesas. Mas o governador ficou  visivelmente emocionado na Assembleia, diante de políticos, familiares e  amigos. Chegou a embargar a voz e ficar com os olhos cheios de lágrimas  ao fazer os agradecimentos pela sua reeleição, destacando especialmente  o apoio da família.
Como há quatro anos, Eduardo Campos fez um  discurso marcado por versos de pessoas importantes na sua vida, como o  ex-governador Miguel Arraes e seu pai, o escritor Maximiano Campos. ´Meu  pai costumava citar a sentença de Miguel Unamuno, o eterno reitor de  Salamanca, segundo o qual 'coerência é o outro nome da verdade'`,  destacou.
Herdeiro político de Arraes, Eduardo Campos não deixou  de lembrar o avô. No discurso, fez questão de citar uma frase do  socialista dita no passado, mas que continua atual. ´Nós não temos os  olhos presos ao passado. (...) Guardamos dele aquilo que nos ajuda a  ampliar as nossas perspectivas, todas elas projetadas no futuro. E o  futuro, para o brasileiro atual, para o pernambucano, é logo depois de  agora, é cada dia que amanhece`.
O governador também resgatou uma  frase dita por ele mesmo em 1º de Janeiro de 2007, na Assembleia  Legislativa, no início do primeiro mandato. ´Assumimos a tarefa de  escrever com serenidade e determinação uma história diferente, que  inaugure um novo tempo no qual os que sempre perderam possam por fim  ganhar`.
Num discurso de 11 páginas, Eduardo fez um balanço da  gestão passada e assumiu os compromissos para o futuro, sem esquecer de  agradecer ao presidente Luiz Inácio Lula a Silva, ´um fiel aliado`, e de  garantir o apoio à presidente Dilma Rousseff (PT). ´Tiramos Pernambuco  do pódio do desemprego, da violência e dos piores indicadores sociais.  Recuperamos o direito de Pernambuco ter futuro`, frisou. 
O  socialista disse ainda que ´seria obsessivo` em governar, e em deixar  heranças positivas. Ele citou, por exemplo, que dará prioridade a  projetos estruturadores, como a Refinaria Abreu e Lima, à melhoria da  qualidade da educação e à qualificação profissional. ´Como disse  Gilberto Freyre, há um novo país à vista. (...) E digo com a emoção,  coma vibração que esse momento provoca: 'eu ouço as vozes, eu vejo as  cores, eu sinto os passos de outro Pernambuco que vem aí. Mais justo,  mais equilibrado, mais brasileiro'.
Fonte: diario de Pernanbuco
               
 
 
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