sábado, abril 25, 2015

Rodovias do RS têm novos bloqueios; veja os trechos afetados

Pelo menos oito rodovias seguem com bloqueios no Rio Grande do Sul no início da noite desta sexta-feira (24). As interrupções para o tráfego de caminhões ocorrem em sete estradas federais e em uma estadual: na BR-285, em Ijuí, na BR-468, em Palmeira das Missões, na BR 158, em Panambi, na BR-472, em Santa Rosa, na BR-392, em São Sepé, na BR-101, em Três Cachoeiras, em dois pontos da BR-386, em Frederico Westphalen e em Boa Vista das Missões, e na ERS-115, em Santo Augusto.
Durante a noite houve confusão na BR-116, em Camaquã, na Região Sul. Manifestantes bloquearam totalmente a rodovia em dois pontos e atravessaram uma carreta na estrada. Eles também colocaram fogo em pneus. A PRF foi ao local e liberou o trânsito por volta das 4h desta sexta-feira (24). Segundo a polícia, pelo menos dez caminhões foram apedrejados.
Nesta quinta-feira (23), a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) publicou uma resolução para que comece a ser elaborada uma tabela de referência para o custo de fretes. Este era o principal pedido dos caminhoneiros que voltaram a bloquear estradas no país.
Manifestantes ateiam fogo em pneus na BR-386, em Boa Vista das Missões (Foto: Divulgação/PRF)
Manifestantes ateiam fogo em pneus na BR-386
(Foto: Divulgação/PRF)
A categoria decidiu por novas manifestações depois de não chegar a um acordo com o governo federal sobre o valor do preço mínimo do frete no país. Esta foi uma das principais reivindicações do movimento de caminhoneiros que tomou conta do país em fevereiro deste ano, bloqueando estradas e causando, inclusive, desabastecimento em algumas regiões.
No dia 26 de fevereiro, após vários dias de protestos em rodovias de todos o país, governo e representantes assinaram um acordo que previa, entre outros pontos, o perdão a multas por excesso de peso aplicadas nos últimos dois anos, a sanção integral da nova Lei do Caminhoneiro e a isenção de pagamento de pedágio para o eixo suspenso de caminhões vazios.
Além disso, foi acertado que representantes do governo e dos caminhoneiros se reuniriam pelas próximas semanas para debater pontos que não haviam sido acordados na época, entre elas o valor mínimo obrigatório do frete.


Fonte: O Globo